O medo de ir ao dentista atinge metade da população mundial. E afeta os dentistas também. Saiba como lidar com casos de fobia.
O medo de ir ao dentista tem nome: Odontofobia, que atinge cerca de 50% da população. Mas o que pouca gente sabe é que os dentistas também sofrem com o medo dos pacientes.
De acordo com um estudo da Universidade de Brunel, em Londres, mais de 60% dos cirurgiões-dentistas sofrem de irritação, ansiedade e depressão relacionados ao estresse. O paciente odontofóbico tende a realizar movimentos bruscos, que podem provocar ferimentos.
Além disso, o paciente com medo de ir ao dentista manifesta ansiedade durante a consulta. O dentista percebe e fica tenso com a situação. A partir daí uma série de mensagens não verbais são emitidas de um para o outro, o que intensifica a angústia e pode gerar aversão entre os dois.
O clima tenso no consultório também faz com que os dentistas tenham problemas de obesidade, abuso de bebidas alcoólicas e a síndrome de burnout – esgotamento relacionado ao trabalho.
Como lidar com o medo de ir ao dentista?
Estabeleça uma relação de confiança.
Para tratar pacientes com medo de ir ao dentista, mais da metade do tempo da consulta é utilizado para estabelecer um clima de tranquilidade. É importante conversar com o paciente e entender o seu perfil e ansiedades.
Música ou anestesia?
Antes do uso de anestésicos, era comum a presença de gramofones nos consultórios. Acreditava-se que a música pudesse distrair o paciente durante a consulta e acalmá-lo.
Hoje em dia os anestésicos modernos eliminam praticamente toda a dor nos procedimentos. Mas muitos pacientes têm medo da própria anestesia. Portanto, a música suave continua sendo um bom método para contribuir com o clima de tranquilidade, e pode diminuir a tensão no paciente.
Outros recursos
A tecnologia também permite que o dentista utilize outros recursos para diminuir o medo nos pacientes. Com um tablet adaptado à cadeira, por exemplo, o paciente pode acompanhar sua série favorita ou ler as últimas notícias durante a consulta. A distração pode desviar o foco do procedimento, tornando o trabalho do dentista mais fácil.
O fim dos monólogos
Com um tablet e um editor de texto, o paciente também pode manter uma conversa com o dentista, mesmo estando com a boca imobilizada durante a consulta. Assim pode tirar dúvidas, ou simplesmente jogar conversa fora. É bom para o paciente, e melhor ainda para o dentista, que agora não precisa mais ficar falando sozinho nas consultas!